domingo, 14 de setembro de 2008

Wind of change

O Verão começa a chegar ao fim. Esse final traz consigo os primeiros sinais do início do Outono. Já sopram os primeiros ventos frios e em algumas árvores é possível avistar algumas folhas a mudar já de cor.

Passeio calmamente num parque, junto ao rio. O dia está bonito, o céu azul com apenas algumas nuvens suaves. O sol principia a sua descida a caminho do horizonte. Sento-me junto à margem do rio. Há um vento que sopra. Inspiro profundamente. Sinto arrepios por causa deste vento frio que anuncia a mudança de estação.

Contudo, este não é um vento qualquer. Sinto-o em mim como um vento de mudança. A anunciar que nada será mais como era antigamente. A anunciar a mudança do destino que parecia ter um rumo fixo.

A mudança inicia-se. Liberto-me daquelas recordações que me atormentam. Que o vento as leve e as enterre algures no Mundo, longe de mim. Cai uma última lágrima em nome delas. Essas memórias, eram os meus fantasmas. Agora, livre deles que me assombravam em cada noite, posso dar um passo em frente. Posso ser quem quiser, como quiser. Fazer o que quiser, quando quiser. Posso visitar a praia no Inverno se isso me deixar feliz. Posso dançar na rua se chover torrencialmente. Posso ter uma tela em branco e pintá-la usando apenas tinta e as mãos, sentir a cores na minha pele. Sou livre para agir à minha maneira.

Mas a mudança ainda não está concluída. Já tenho a vontade, já tenho a liberdade em mim. No entanto, ainda falta um longo caminho até que a mudança fique completa. Muitos ventos ainda irão soprar, para me lembrar o porquê quando o questionar.

Levanto-me. O sol já vai baixo no firmamento. É altura de ir para casa.