Trago na memória algo para te dizer
 
Que o coração não cala e me faz doer
 
Os caminhos que trilhaste não fazem esquecer
 
Toda a essência que trazias dentro do teu ser
Foi o teu nome que logo surgiu na minha mente... Mas porquê?! Será que ainda mexes assim tanto comigo...?
Tenho na cabeça tanto para te contar
 
Que a distância em que vivemos tratou de adiar
 
Sei que chegará o tempo de te reencontrar
 
Abraçar-te no meu peito e deixar-me ficar
 
Não, não, não e não! Sim, é verdade que foste o meu grande amor, aquele que vou sempre recordar... Apesar de hoje saber que tudo o que me trouxeste foi uma mera ilusão... 
Solta-se a voz cá do fundo
 
Grito vagabundo
 
Que deixaste em mim
 
Perco-me nesta revolta
 
Na lágrima solta
 
De um beijo sem fim
 
Mexeste tanto comigo. Viraste e reviraste o meu mundo! Fizeste-me perder a cabeça, fizeste-me querer cometer loucuras!
Guardo mais esta saudade em forma de canção
 
Que o meu peito arde forte nesta rouquidão
 
Busco força no consolo do teu coração
 
Que bate sempre que me sinto nesta solidão
 
Éramos tão jovens, ingénuos... Mas talvez por ser assim mesmo, o que senti por ti foi puro... Hoje estou com ele, há quase dois anos, mas o que sinto por ele... É forte, é sólido! Mas é um sentimento que não tem a pureza daquele que nutri por ti... Gostava que tivesse, gostava de olhar para ele e querer fazer loucuras sem sequer pensar nas consequências. Mas ele não és tu. Felizmente?
Solta-se a voz cá do fundo
 
Grito vagabundo
 
Que deixaste em mim
 
Perco-me nesta revolta
 
Na lágrima solta
 
De um beijo sem fim
